Batimetria é a medição da profundidade dos corpos d’água para determinar a topografia de seu leito. Como resultado temos um mapa cartográfico com linhas de mesma profundidade.
Inicialmente esse levantamento era realizado utilizando um prumo em cabo graduado, esse método era bastante trabalhoso, demorado e pouco preciso por utilizar um número pequeno de pontos.
Com o desenvolvimento da tecnologia do radar, que é um aparelho que emite ondas sonoras e registra o eco desta onda, pode se detectar e medir a distância entre o aparelho e objetos ou pontos de destaque ao seu redor. Ao aplicar essa tecnologia no meio aquático surgem os sonares, ou popularmente chamados de ecossondas.
As ecossondas possuem um transdutor, emissor e receptor dos pulsos sonoros, que é direcionado para baixo na vertical. Pelo tempo entre a transmissão do pulso sonoro e o registro de seu eco, conhecendo a velocidade de propagação do som na água pode-se calcular a profundidade do local. Ao acoplar a esse sistema um GPS, obtemos a profundidade e a localização do ponto de modo praticamente instantâneo, isso permitiu realizar levantamentos batimétricos de forma muito mais rápida e precisa e com uma quantidade de pontos infinitamente maior.
Mas para que serve a batimetria?
Um exemplo da utilização desse tipo de levantamento é a verificação da profundidade de canais de navegação. Isto é o que a Austral Soluções Ambientais fez para que a plataforma P-74 deixasse o porto de Rio Grande em segurança, já que em seu caminho para a saída a embarcação atravessou um trecho do canal onde sabidamente ocorre assoreamento.
Além desta, ainda há várias aplicações possíveis para a batimetria, como: verificação de calado em terminais portuários, cálculo de volume de material a ser dragado, cálculo de volume de reservatórios de água, cálculo de taxa de sedimentação / assoreamento nos corpos hídricos, entre outros.